PEQUENAS GOTAS DE REFLEXÃO

A morte é uma certeza na nossa vida, nisso todos as pessoas concordam. A discordância começa sobre este assunto no que se refere ao que vem depois.  Sobre o que vem depois, alguns acham que não há nada. A morte seria, neste caso, o fim natural de uma vida. É o fim dos sonhos, da luta, das alegrias e sofrimentos. Para estes não há mais nada a esperar. Ponto final. Para a grande maioria das pessoas há diversas formas de pensar na morte como uma  passagem para outra forma de vida. Para os espíritas, estes creem que existe um retorno com a finalidade de purificação. As pessoas nascem, morrem e renascem até estarem prontas e não precisarem mais voltar. Para os cristãos, há a ressurreição.  Mas a visão de ressurreição também varia para os cristãos:  Uns, por exemplo, acham que quando a pessoa morre, não apenas morre o corpo, mas também sua alma. É como se a pessoa entrasse num sono profundo, num estado de inconsciência, aguardando o final dos tempos, o retorno de Cristo, momento então em que

 Vira e mexe, nos deparamos com a morte. Mas não queremos pensar muito sobre isso. Sorte tem os outros animais que vivem sem saber que vão morrer.  Nós, seres humanos, nos diferenciamos dos outros bichos pelo seguinte motivo: temos consciência da morte. Sabemos de nossas fragilidades, sabemos que somos "pó e ao pó retornaremos". Temos os nossos desejos de imortalidade, acreditamos que de alguma  forma vamos continuar vivos em uma dimensão diferente desta, a qual não conhecemos, mas esperamos. Temos uma ânsia de vida eterna, mas somos espreitados pela morte continuamente. E não adianta ter sucesso, riqueza, fama, tudo será enterrado com o corpo que voltará à sua origem primitiva: à mãe terra. E não adianta espernear. Vão os pobres, mas os ricos também vão. Os mendigos morrem, mas também os reis. Os escravos partem, os senhores igualmente. O doente vai-se embora, mas chega a vez do saudável. A verdade crua é esta: todos morrerão! Mas pelo menos nisso se faz justiça, pois é na m

 Tem coisas que só o tempo nos ensina. E uma delas é que a opinião alheia pode ser boa a nosso respeito e pode nos ajudar a caminhar e a viver. Mas nem tudo o que os outros dizem sobre nós ou para nós é válido como incentivo para nosso crescimento. Assim, temos que fazer a distinção. Acolher o que for construtivo. E deixar para lá o que não nos ajuda. E, principalmente, quando você se propõe a fazer algo diferenciado, fique certo que não encontrará apenas aprovação. Então seja você mesmo! E, sendo algo positivo, faça, ponha-se a caminho, mesmo que alguém torça o nariz para você, dizendo que você é incapaz.  Talvez a pessoa tenha recebido uma informação negativa sobre você e pense negativamente a seu respeito. E daí? Importa é o que você é e não o que pensam que você seja. Suas atitudes vão mostrar sua essência, e muitos terão que aceitar e reconhecer seus valores. Mas isto não quer dizer que todos vão reconhecer quem você é, e suas capacidades e valores. Haverá pessoas que simplesmente

 Quem é que num determinado momento já se indagou: a solidão é uma coisa boa ou é ruim? Geralmente vemos a solidão como algo negativo, porque pensamos nela como ausência. Associamos a solidão com falta de amor ao outro ou falta de amor dos outros. Uma pessoa sozinha, por escolha ou por circunstâncias alheias à sua vontade, é vista como uma pessoa de má sorte, ou estranha, ou pior ainda, como uma pessoa infeliz. No entanto, é preciso pensar que também a solidão é necessária. Há tempos em que sentimos a necessidade de estarmos a sós. Sozinhos para pensar melhor na vida. Sozinhos para criar algo. Sozinhos para tomar decisões sérias. Sozinhos para falar consigo mesmo. Sozinhos para falar com Deus. Muitos escritores, músicos, pintores, atores, e a grande maioria dos artistas criam suas mais preciosas obras na solidão. Não podemos negar que a solidão pode ser boa. Ela produz o silêncio, e o silêncio produz a criatividade. Preciso dizer que gosto da solidão, mas nada em excesso. Solidão exces

 Como eu dizia antes, a liberdade é um processo de construção. E por ser um processo contínuo, já se pressupõe que ela nunca é completa. Ninguém é totalmente livre.  Os limites à liberdade são naturais. Jamais você faz tudo o que quer. Nem os mais loucos são totalmente livres, porque haverá sempre alguém para pôr limites, e se não tiver alguém para pôr limites, a vida mesmo imporá as restrições. A natureza, que é tão pródiga em nos dar limites, fará a sua parte. Ser livre completamente é uma grande ilusão. Quando digo que temos que lutar para ser livres, isso significa que nossas ações serão feitas a partir de decisões conscientes, e que nos responsabilizamos por elas. O limite da liberdade é posto, em primeiro lugar, pela consciência da responsabilidade. Sou livre, por exemplo, para fumar, para usar drogas, para usar álcool, mas as consequências destes atos vão me tirar oportunidades e tenho que ser responsabilizado pelo que fizer e pelo que colherei daquilo que planto. É muito justo

 A liberdade não é uma coisa fácil. Vamos lembrar de um ato de libertação que encontramos na Bíblia: o Êxodo. Para deixar de ser escravo, é preciso sair do Egito, ser perseguido, atravessar o mar Vermelho, enfrentar o deserto por vários anos, caindo e levantando, sendo atacados por bichos selvagens e serpentes venenosas.  E continuar! E ir caminhando. A própria caminhada já é um ato de liberdade, mesmo que não chegue ao objetivo de forma concreto. Libertar-se é um processo que se constrói. E este processo não é fácil porque é necessário largar as falsas seguranças. Pode haver muitas formas de falsas seguranças. A pessoa se humilha e é humilhada porque sua visão é curta e pensa que não pode, por exemplo, encontrar uma vida melhor fora de sua zona de segurança. É escravizada pelo medo. Medo de perder. Mas a esta altura da vida? Acho que não dá para arriscar. É o argumento que muitos têm para si mesmos. Então se continua frustrado naquele emprego, naquela profissão, naquele mundo, onde se

Um dos temas sobre os quais  mais gosto de refletir é sobre a liberdade. É tão bom ser livre! Ser dono de seu próprio destino. É tão bom saber que você mesmo é capaz de fazer suas próprias escolhas e de responder por si mesmo, tomando as rédeas do destino em suas mãos. Ser livre é maravilhoso. Mas isto também não é fácil. Temos que construir a liberdade, e depois disso assumirmos a responsabilidade pelo que vier a acontecer conosco. Não é fácil ser livre, exatamente porque quando nos tornamos livres de verdade, temos de nos responsabilizar pela própria vida, sem culpar o destino, nem os outros, nem o mundo, nem a Deus. Sou responsável pelas minhas escolhas e tenho de arcar com os resultados que vou colher.  ... E o que pode nos escravizar? Cada um deve responder por si mesmo. Posso ser escravizado por tantas coisas: por uma pessoa, por uma instituição, por uma ideologia, por um trabalho, por uma ideia fixa, por vícios, e você pode acrescentar mais a esta lista.  Mas a pior escravidão é

Ontem foi quinze de novembro. Dia das eleições. Quase chegamos a esquecer que também foi o dia da Proclamação da República. O mais importante de tudo é que foi um dia especial. Elegemos prefeitos e vereadores. Dia especial. Festa da Democracia. Para celebrar a "res publica" (coisa pública), nossas escolhas valeram a pena, assim esperamos. Escolhemos os chefes do Executivo de nossos municípios e os seus legisladores e fiscalizadores da gestão dos prefeitos. É claro que muitos que foram eleitos não conhecem muito bem essa função, mas deixa para lá. Não alonguemos demais nesta história. Aqui na minha cidade o resultado foi positivo, pois o povo viu o que tinha a ser visto. E é claro que entre os dois pretendentes, fez uma boa escolha, com maioria absoluta de votos para o vencedor. Quanto aos vereadores, o candidato em quem votei se elegeu. Não sei, todavia, se todos mereceram estar lá. Há controvérsias. Não tenho bola de cristal, mas desconfio que nem todos os eleitos chegarão a

  Olá, amigos, hoje estou começando uma experiência. Espero que seja boa. Um blog para dizer as palavras que me vierem à mente, de maneira livre. Nada melhor que ter a liberdade de fazer o que se quer, mas se não podemos fazer tudo o que queremos, ao menos podemos dizer o que nos der vontade. Se você quiser me acompanhar nesta aventura, desde já agradeço! E vamos lá!  PS:  O trecho acima pertence ao texto original publicado em 15 de novembro de 2020, com algumas adaptações. O texto original foi editado em 10 de abril de 2021. Mas a essência permanece. Tirei de meu projeto inicial as traduções feitas para a língua inglesa, coisa que fiz nas primeiras postagens. Meus escritos sofrem um processo de reescritas e de revisões. E a revisão também pode afetar o próprio conteúdo, pois a vida é uma grande aprendizagem. Em todo caso, nesta data ( 10 de abril de 2021), em que faço a edição deste texto introdutório ao meu blog, renovo meu convite a você, para acompanhar minha aventura pela mente e