PEQUENAS GOTAS DE REFLEXÃO

 Eu tenho cara de vidro Por isso não ando a socar ninguém. Se dou tapas, as faço com luvas de pelica, Com carinho, para não quebrar minha cara E daqueles que tem caras de vidro também. Meu telhado é de vidro, Não jogues pedras em minha casa. Senão posso querer revidar E quebrar tua cara de vidro.

De madrugada, o mundo dorme E eu, insone, penso na vida: Do aqui e agora, E do que virá depois. Estamos a caminho, Numa marcha sem volta. A estrada que ficou para trás, Não existe a não ser na memória. Só o agora existe, E é preciso seguir a viagem, Deste momento, Olhando para frente E para os lados, Curtindo os momentos Que a nós cabe. Pensando bem: Podemos sentir apenas o tempo presente. Do que passou Apenas permanecem as lembranças, Não a realidade. E o futuro é uma incógnita, Pois não estamos nele. Mas, O mais importante É seguir E curtir o caminho Enquanto andamos em direção Ao Fim! E, no fim, depois do cansaço da vida, Esperamos ter o repouso merecido. E lá, no final da Estrada, Encontraremos o Paraíso Sonhado! Segue abaixo link para meu livro: Plantando entre lágrimas, colhendo a liberdade. https://clubedeautores.com.br/livro/plantando-entre-lagrimas-colhendo-a-liberdade

 Já pensou em quantas vezes deixamos de fazer coisas, com medo do julgamento alheio? Temos medo de sermos ridículos, de não conseguirmos a aprovação dos outros. E assim continuamos fazendo tudo, apenas e tão somente, para agradar. Falamos coisas que agradam, nos ligando ao politicamente correto, ao moralmente aceito, ao socialmente aprovado, ao regulado pelas normas. E vamos tecendo a vida, ligados ao normal da sociedade, como seres normais. E não queremos correr o risco de lançarmos pensamentos divergentes, de criarmos algum trabalho fora do padrão, de tentarmos outros caminhos para seguirmos, outros métodos para chegarmos aos objetivos que almejamos. No entanto, a humanidade só cresce através daqueles que buscam olhar diferentemente para o mundo. E criam formas diferentes de ver e  expressar o que os outros não veem. Ou vendo, não expressam, por puro medo das novas expressões. Não posso ter medo de ser diferente, de expressar diferente, de ser eu mesmo. É só assim que crio e...

 Ficamos à espera de grandes chuvas mas recebemos apenas chuviscos. Não podemos receber tudo na vida, mas vale a pena corrermos o risco! Uma hora a chuva vem, E nos inunda: Faz-nos transbordar Em vida mais  profunda. Segue um link para meu livro, publicado através do CLUBE DE AUTORES: https://clubedeautores.com.br/livro/plantando-entre-lagrimas-colhendo-a-liberdade

 Gostaria de deixar para meus filhos, depois que me for para o outro lado do mistério da vida, bens que pudessem garantir a eles uma vida tranquila nesta terra. Fazendas, casas, dinheiro seriam bens desejáveis e úteis, com certeza. Infelizmente, do ponto de vista material vou deixar pouco. Eles, porém, merecem herdar alguma riqueza, algo que perdure. Por isso, a cada dia trabalho incansavelmente para deixar algo que fique para além de mim. Derramo minha alma em palavras, em versos, em livros, para que ela permaneça para depois. Que minha alma permaneça, não como fantasma aterrorizando, mas como vida doada. Nela estão minhas riquezas mais profundas. Que meus filhos herdem minha alma! Por isso é que escrevo. Minha escrita estampa em palavras o que trago de melhor, misturado com minhas imperfeições. O ouro também se esconde em meio à lama. Que busquem eles o ouro escondido! Escrever é doação. Doo-me nas minhas formas imperfeitas, nos meus conteúdos contraditórios. Mas é minha alma doa...

Hoje comecei a me perguntar: Se Deus é perfeito, por que criou ele um mundo imperfeito? E, na tentativa de responder a esta pergunta, realizei algumas descobertas: não posso ser filósofo, nem teólogo, nem cientista. Sou homem de intuição! Não raras vezes, a verdade me aparece como uma intuição! Minhas questões são desconcertantes e as respostas também, porque algumas vezes diferem do lugar comum. Sou um tanto desconfiado de respostas prontas e rápidas.  Quando alguém chega a mim, tentando me convencer de algo, principalmente se tentar me convencer com artifícios de linguagem bonita, eu já fico com um pé atrás. Desconfio um pouco destas lógicas tão coerentes que querem me enfiar goela afora verdades que não me convencem aqui por dentro.  Se não me convencem por dentro, não consigo aderir, por mais lógicos que pareçam alguns discursos. Não é a lógica nem a sofisticação dos argumentos que me vão obrigar a abraçar causas que meu coração não aprova ou, pelo menos, desconfia, por um...

  De vez em quando eu topo com alguém me fazendo esta pergunta. E confesso que, bem mais do que algumas vezes, já me perguntei sobre isso. Fui educado na religião. E não me considero mais um homem tão religioso, no sentido de uma pessoa que frequenta o templo rotineiramente. A religião não é mais aquela coisa tão atrativa para mim, como um dia já foi. Não a abandonei totalmente, contudo. O mundo é incapaz de nos satisfazer e precisamos ter os olhos voltados para algo que supere esta mundanidade. O viver aqui e agora não é suficiente. Sabemos muito bem como a matéria é finita e como as coisas materiais se deterioram, apodrecem e se acabam. Nada do que é material permanece para sempre. Sentimos no próprio corpo a limitação da vida humana. Tudo o que nos cerca e nos encanta é precário. Não há beleza que dure eternamente. A juventude é considerada o ápice da vida humana e passa tão rápida. E nem sequer temos tempo de desfrutá-la. De repente, ao olharmos para trás, um pouquinho só...