Grávido do primeiro livro

 Estou grávido do meu primeiro livro, será um Livro de Poemas. Se já tem um nome? Com certeza que este filho tão aguardado já foi batizado, ainda no período de sua gestação, para garantir que ele viesse à luz. Seu nome: “Plantando entre Lágrimas, colhendo a liberdade”.

O sonho acalentado está se concretizando. E só então, quando eu o tiver nas mãos e o puder apresentar ao mundo, definitivamente, é que poderei me chamar de seu pai, o poeta. Enquanto isso, nada mais sou que um aspirante a escritor.

A ansiedade é grande! Não vejo a hora, e está próxima, em que o pegarei nas mãos, com todo carinho paterno, o folhearei mil vezes, o lerei e relerei, e depois de tudo, o deixarei em lugar visível para contemplá-lo, fruto de trabalho, suor  e lágrimas, mas simboliza exatamente o que traz no nome, ele representa uma colheita de liberdade. Gestado em meio a dores, trará nova alegria.

Dentro de alguns dias, estará disponível, de forma impressa, minha obra literária “Plantando entre lágrimas, colhendo a liberdade”, um livro de poemas, composto por alguns poemas com metrificação, sendo, no entanto, a maioria deles escrita em versos livres.

De um lado, é preciso mostrar ao leitor que o autor sabe versejar, eis a razão dos versos metrificados. Por outro lado, a poesia nasce livremente e não está atrelada a formas.

A fundamental característica da poesia é a liberdade. Posta no papel a primeira palavra, as possibilidades do uso do idioma se tornam inesgotáveis. Em formas pré-definidas ou não, o poeta é livre.

Ninguém é mais livre que o poeta na sua lavra poética, pois ela tem como uma de suas marcas bem próprias a liberdade. Ninguém pode amarrar o poeta.

A poesia tem uma mística específica. Tem em seu ventre a espiritualidade, entendida esta no seu sentido largo. A poesia é espiritual. E a espiritualidade é uma característica bem humana, não cabe apenas à religião se apossar dela.

Não é à-toa que muitos ateus se tornam grandes poetas: a espiritualidade e a poesia têm em comum a busca pelo sentido ou pela criação de sentido da vida.

A vida tem de ter sentido, e este sentido, a religião pode trazer e a poesia pode expressar. Mas para quem não tem fé, a vida também precisa ter sentido e, se a vida não o tiver, é necessário que se lhe invente. E não há instrumento melhor  para reescrever o sentido da vida do que a poesia. Esta cria, recria ou inventa o sentido como fazem as religiões.

Minha poesia reflete um sentido buscado, um questionamento das bases alicerçadas até agora, um convite para uma redescoberta, uma nova busca pela liberdade, que se faz próxima, mas nunca alcançada totalmente, enquanto caminhantes neste chão da vida.

Quando chegar meu livro, e estou bem agoniado pela espera, hei de vibrar e partilhar estas vibrações com todos os leitores que me derem a oportunidade e a alegria de lerem, sentirem e pensarem através de meus poemas.

Comentários

  1. Nossa Zezinho... A apresentação já é poética. Fiquei curioso. Vem leitura boa aí. Fico feliz com você e por você.
    Parabéns!

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  2. Com certeza já é uma grande obra, porque o autor é e sempre foi uma grande pessoa . Já fico aqui aguardando a chegada dessa grandiosidade. Você está correndo o risco de ir pra ABL, meu amigo compadre .

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