SEM INSPIRAÇÃO
Ultimamente ando sem inspiração, sem vontade nenhuma de escrever. Mas tenho que manter o foco, escrever mesmo sem vontade.
Penso que comecei um novo livro, mas não sei porque não tenho motivação nenhuma para continuar.
Aliás, sei sim: a desmotivação vem do fato de já ter escrito dois livros, os quais não tiveram acolhida que eu desejava, mas é assim mesmo. Afinal, poesia para que?
As pessoas não sentem falta de poesia. Será que não seria esta uma razão de tanta desumanidade? Nada mais humano que a poesia, com todos os seus altos e baixos, com todas as suas contradições e perplexidades, com toda a sua complexidade por mais simples que simples que seja.
Se as pessoas puserem um pouco mais de poesia na vida mais humanizadas serão. A poesia é um resgaste da humanidade perdida.
Meu terceiro livro terá pouca poesia, será mais seco, mais real, e sei lá, de repente a função de refazer e até reinterpretar meu trabalho poético.
Mas aqui escrevo, sem vontade, sem inspiração, sem poesia, me confessando fraco, desavergonhadamente, apenas para manter um pouco o ritmo.
Escrevo como quem vive, e escrevo como quem se arrasta pesadamente. Para onde?
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